A Statkraft da Noruega planeja construir um parque de geração de energia híbrida no estado brasileiro da Bahia, disse a diretora de novos negócios e questões regulatórias da unidade local, Paula Suanno, à BNamericas.
O projeto, que combinará energia solar fotovoltaica e eólica, fornecerá energia para a produção de hidrogênio verde e amônia em parceria com a Aker Clean Hydrogen, do grupo Aker Horizons.
O início das operações está previsto para 2027, e a produção será direcionada para a indústria local de fertilizantes
O Brasil é o quarto maior consumidor mundial de fertilizantes, respondendo por cerca de 8% da demanda global. Atualmente, o país importa mais de 80% de seu consumo.
Recentemente, o governo lançou um plano nacional de fertilizantes para 2022-50, buscando reduzir a dependência do país das importações por meio da atração e apoio ao investimento estrangeiro.
A substituição da amônia cinza importada por amônia verde produzida localmente apoiará a descarbonização da indústria agrícola local e reduzirá a dependência das importações, criando novas oportunidades industriais verdes.
“O mercado de hidrogênio no Brasil pode ser uma alavanca para o crescimento da geração renovável no país, dentro de um contexto em que a regulamentação do tema avança na direção do plano nacional de hidrogênio”, disse Suanno.
Ela acrescentou que a empresa ainda estuda o investimento total do projeto. “Estamos na fase de dimensionamento desta planta”, disse Suanno. Ela também não forneceu um número de capacidade para a planta.
A Statkraft controla 18 ativos de geração renovável no Brasil, com cerca de 450MW de capacidade instalada.
Atualmente está construindo o complexo eólico Ventos de Santa Eugênia, na Bahia, que deverá gerar cerca de 2,3 TWh de energia renovável por ano, suficiente para abastecer 1,17 milhão de residências.
A Aker Clean Hydrogen desenvolve, constrói, possui e opera a produção de hidrogênio limpo em escala industrial e visa atingir a capacidade instalada líquida de 5 GW até 2030.