Em janeiro de 2022, o Índice CEPEA/ESALQ para o algodão bateu novos recordes nominais na série do CEPEA, atingindo o maior patamar de R$ 7,0845/libra em 20 de janeiro.
“Muitos agricultores fizeram fluxo de caixa e não tiveram necessidades urgentes de vender lotes da temporada 2020-21 em janeiro. Traders compraram lotes para cumprir contratos previamente fechados. Quanto às tradings, alguns agentes compravam e vendiam algodão também – porém, alguns compradores optaram por trabalhar com o produto em estoque, alegando dificuldades para repassar os preços do algodão aos subprodutos”, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). afirmou em seu último relatório quinzenal sobre o mercado brasileiro de algodão.
Os preços do algodão subiram fortemente no mercado brasileiro em janeiro, que foi o sétimo mês consecutivo de alta. A baixa oferta, principalmente de algodão de alta qualidade, no mercado spot nacional levou os compradores com necessidades urgentes a pagar mais pelo produto. As valorizações internacionais também influenciaram os preços no Brasil, elevando o valor da paridade de exportação.
Nos últimos dias de janeiro, os agentes dos processadores estavam focados nas vendas – que eram baixas – e, portanto, não tinham interesse em comprar algodão. Esse contexto somado à desvalorização do dólar em relação ao real enfraqueceu os preços, acrescentou o relatório.
Em janeiro, o Índice CEPEA/ESALQ para o algodão subiu quase 9%, encerrando o mês em R$ 6,9822/libra. A média mensal de janeiro, de R$ 6,8121/libra, é a maior da série do CEPEA, em termos nominais. Em termos reais (IGP-DI de dezembro de 2021), a média é 7,08% superior à de dezembro de 2021, 37,68% superior à de janeiro de 2021 e a maior desde abril de 2011.
Em dólares, a média mensal de janeiro fechou em US$ 1,2313/libra, 6,6% inferior ao Índice Cotlook A (US$ 1,3181/libra), mas 3,2% superior ao primeiro contrato na ICE Futures (US$ 1,1932/libra) . Em janeiro, o preço médio do algodão no Brasil foi 7% superior à paridade de exportação.
Enquanto isso, a semeadura de algodão na safra 2021-22 atingiu 52% da área estimada até 20 de janeiro, segundo a ABRAPA, a associação brasileira de produtores de algodão. Na Bahia, as atividades de semeadura do algodão estão concluídas em 84% da área, sendo 40% em Mato Grosso, 84% em Goiás, 85% em Minas Gerais, 98% em Mato Grosso do Sul, 67% em cento no Maranhão, 81% em São Paulo e 81% no Piau. A semeadura acabou no Paraná.
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