Como salvar a Amazônia? Empresa brasileira diz que NFTs são a resposta

BRASÍLIA, 26 mar (Reuters) – Uma empresa brasileira que possui 410 quilômetros quadrados (158 milhas quadradas) de floresta amazônica está oferecendo uma nova maneira de financiar a conservação: vendendo tokens não fungíveis (NFTs) que permitem aos compradores patrocinar a preservação de áreas de selva.

Os NFTs são um tipo de ativo criptográfico que explodiu em popularidade no ano passado, com uma assinatura digital única garantindo que eles são únicos. Outros esforços para financiar a conservação por meio de NFTs incluem planos para uma reserva de vida selvagem sul-africana. consulte Mais informação

No Brasil, uma empresa chamada Nemus começou na sexta-feira a vender NFTs concedendo aos compradores patrocínio exclusivo de áreas florestais de diferentes tamanhos, com os recursos destinados a preservar as árvores, regenerar áreas de corte raso e promover o desenvolvimento sustentável.

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Os detentores de tokens não serão proprietários da terra em si, mas terão acesso a informações importantes sobre sua preservação, desde imagens de satélite até licenciamento e outras documentações, disse o fundador da Nemus, Flavio de Meira Penna.

Ele disse que a Nemus vendeu 10% de uma oferta inicial de tokens por 8.000 hectares no primeiro dia.

“Meu palpite é que isso acelerará rapidamente nas próximas semanas”, disse Penna à Reuters, acrescentando que a tecnologia blockchain garantiria transparência no uso dos fundos.

Os lotes variam em tamanho de um quarto de hectare a 81 hectares (0,6 a 200 acres), que os compradores poderão localizar com mapas online.

NFTs para os menores lotes são vendidos por US$ 150 e os maiores chegam a US$ 51 mil, disse Penna, que espera arrecadar de US$ 4 milhões a US$ 5 milhões para comprar mais 2 milhões de hectares de terra já em negociação no município de Pauini, no Amazonas Estado.

Além de preservar a floresta, Penna disse que os fundos apoiariam esforços de desenvolvimento sustentável, como a colheita de açaí e castanha do Brasil por comunidades locais em Pauini, que é do tamanho da Bélgica.

Cada token vem com a arte de uma planta ou animal da Amazon e é processado pela Concept Art House, com sede em São Francisco, desenvolvedora de conteúdo e editora de NFTs.

Os críticos questionaram o valor dos NFTs para causas ambientais porque os tokens que usam a tecnologia blockchain exigem intenso poder de computação, aumentando a demanda por geração de eletricidade que libera gases de efeito estufa que aquecem o clima.

Penna rejeitou essa visão, dizendo que a preservação de áreas ameaçadas da Amazônia supera em muito o custo ambiental das transações NFT.

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Reportagem de Anthony Boadle; Edição por Richard Chang e Andrea Ricci

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