Bolsonaro se diz pró-negócios. Por que a economia do Brasil está lutando?

A postura pró-mercados de Jair Bolsonaro o ajudou a ganhar o apoio da elite empresarial brasileira – e, eventualmente, a presidência. Então, por que alguns especialistas dizem que suas políticas restringiram o potencial econômico do país?

Na virada do século, o Brasil era elogiado por seu enorme potencial econômico.

O país sul-americano foi nomeado ao lado de Rússia, Índia e China como os mercados emergentes com capacidade de eclipsar as maiores economias do mundo.

“Mas então, de 2011 para 2014, você teve uma desaceleração na economia brasileira. Isso se deu tanto por mudanças no setor externo, mas também pelo que considero alguns erros no quadro de política econômica”, disse Laura Carvalho, economista brasileira e autor best-seller.

A profunda recessão econômica que se seguiu, juntamente com a turbulência política, alimentou a ascensão de um improvável vencedor nas eleições gerais de 2018: Jair Bolsonaro.

Entre seus apoiadores estava a elite empresarial do Brasil, que estava otimista de que Bolsonaro poderia mudar a sorte do país latino-americano.

Essa crença apareceu apoiada pela nomeação de Bolsonaro do empresário e defensor do livre mercado Paulo Guedes como ministro da Economia, bem como pelo discurso pró-negócios do líder brasileiro na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos em 2019.

“Vamos trabalhar para diminuir a carga tributária, agilizar as regras e facilitar a vida de quem deseja produzir e fazer negócios”, disse Bolsonaro na época.

A recuperação econômica do Brasil, no entanto, não aconteceu. Economistas como Carvalho apontam várias políticas que estão travando o país.

“Mesmo as pessoas que o apoiavam por esse motivo estão muito decepcionadas”, disse ela, “porque ele não realizou as reformas estruturais e o tipo de políticas econômicas que foram prometidas em sua campanha”.

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O que deu errado? Assista ao vídeo acima para saber mais.

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