Apesar da relutância de Bolsonaro, Brasil vota contra a Rússia em resolução da ONU

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante a cerimônia de lançamento da Carteira de Identidade Nacional no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil 23 de fevereiro de 2022. REUTERS / Ueslei Marcelino

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BRASÍLIA, 25 Fev (Reuters) – O Brasil votou nesta sexta-feira a favor de um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que lamentaria a invasão russa da Ucrânia, apesar de alguma relutância do presidente brasileiro Jair Bolsonaro em condenar a Rússia.

O país sul-americano estava entre os 11 membros do conselho que votaram a favor da resolução, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram da votação do texto redigido pelos EUA. consulte Mais informação

O projeto foi vetado pela Rússia e agora deve ser adotado pela Assembleia Geral da ONU de 193 membros.

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A Reuters informou na sexta-feira que o Brasil votaria a favor da resolução, apesar das dúvidas de seu presidente de extrema direita.

Bolsonaro, que recentemente se encontrou com o presidente Vladimir Putin em Moscou, repreendeu na quinta-feira seu vice-presidente Hamilton Mourão por condenar a invasão russa, dizendo que não era trabalho de Mourão falar sobre a crise no leste europeu.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou nesta quinta-feira preocupação com as operações militares da Rússia e pediu uma solução diplomática, mas não chegou a condenar a invasão.

Poucos dias antes da invasão, ao lado de Putin no Kremlin, Bolsonaro disse estar “solidário com a Rússia”, sem dar mais detalhes. Mais tarde, ele disse a repórteres que Putin tinha intenções pacíficas.

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O Departamento de Estado dos EUA lamentou os comentários de Bolsonaro e disse que eles minaram os esforços diplomáticos para evitar um desastre, bem como os próprios pedidos do Brasil por uma resolução pacífica.

O representante diplomático da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, pediu novamente nesta sexta-feira uma forte condenação brasileira à “agressão” da Rússia contra seu país.

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Reportagem de Lisandra Paraguassu; Escrito por Gabriel Araujo, Anthony Boadle e Peter Frontini; Edição por Rosalba O’Brien

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